Gerenciadores de Partida são programas que carregam um sistema operacional e/ou permitem escolher qual será iniciado. Normalmente este programas são gravados no setor de boot (inicialização) da partição ativa ou no master boot record (MBR) do disco rígido.
Este capitulo explica o funcionamento de cada um dos principais gerenciadores
de partida usados no GNU/Linux
, em que situações é recomendado seu
uso, as características, como configura-lo e alguns exemplos de configuração.
O LILO
(Linux Loader) é sem dúvida o gerenciador de
partida padrão para quem deseja iniciar o GNU/Linux
através do
disco rígido. Ele permite selecionar qual sistema operacional será iniciado
(caso você possua mais de um) e funciona tanto em discos rígidos IDE
como SCSI.
A seleção de qual sistema operacional e a passagem de parâmetros ao kernel pode
ser feita automaticamente ou usando o aviso de boot: do
LILO
.
Os dados para a criação do novo setor de boot que armazenará o
gerenciador de partida são lidos do arquivo /etc/lilo.conf
Este
arquivo pode ser criado em qualquer editor de textos (como o ae
ou
vi
). Normalmente ele é criado durante a instalação de sua
distribuição GNU/Linux
mas por algum motivo pode ser preciso
modifica-lo ou personaliza-lo (para incluir novos sistemas operacionais,
mensagens, alterar o tempo de espera para a partida automática, etc).
O arquivo /etc/lilo.conf
é dividido em duas seções: Geral
e Imagens. A seção Geral vem no inicio do arquivo e contém
opções que serão usadas na inicialização do Lilo
e parâmetros que
serão passados ao kernel. A seção Imagens contém opções especificas
identificando qual a partição que contém o sistema operacional, como será
montado inicialmente o sistema de arquivos, tabela de partição, o arquivo que
será carregado na memória para inicializar o sistema, etc. Abaixo um modelo do
arquivo /etc/lilo.conf
para sistemas que só possuem o
GNU/Linux
instalado:
boot=/dev/hda1 compact install=/boot/boot.b map=/boot/map vga=normal delay=20 lba32 image=/vmlinuz root=/dev/hda1 label=Linux read-only
Para criar um novo gerenciador de partida através do arquivo
/etc/lilo.conf
, execute o comando lilo.
No exemplo acima, o gerenciador de partida será instalado em
/dev/hda1
(veja Identificação de
discos e partições em sistemas Linux, Section 5.8) , utilizará um setor de
boot compacto (compact), modo de vídeo VGA normal (80x25), esperará 2 segundos
antes de processar automaticamente a primeira seção image= e
carregará o kernel /vmlinux
de /dev/hda1
. Para
detalhes sobre opções que podem ser usadas neste arquivo veja Opções usadas no LILO, Section 6.1.2.
Para mostrar o aviso de boot:, você deverá ligar as teclas Caps
Lock ou Scrool lock na partida ou pressionar a tecla Shift durante
os dois segundos de pausa. Outro método é incluir a opção prompt
na seção global para que o aviso de boot: seja mostrado
automaticamente após carregar o Lilo
.
Abaixo uma configuração para computadores com mais de um sistema operacional
(Usando GNU/Linux
e DOS
):
boot=/dev/hda1 compact lba32 install=/boot/boot.b map=/boot/map vga=normal delay=20 prompt image=/vmlinuz root=/dev/hda1 label=linux read-only other=/dev/hda2 table=/dev/hda label=dos
O exemplo acima é idêntico ao anterior, o que foi acrescentado foi a opção
prompt na seção geral (para que seja mostrado
imediatamente o aviso de boot: no momento em que o
LILO
for carregado), e incluída uma imagem de disco
DOS
localizado em /dev/hda2
. No momento da
inicialização é mostrada a mensagem boot: e caso seja digitado
DOS e pressionado ENTER, o sistema iniciará o DOS
.
Caso a tecla Enter seja pressionada sem especificar a imagem, a primeira será
carregada (neste caso o GNU/Linux
).
Você pode substituir a palavra GNU/Linux da opção label por o número 1 e DOS por 2, desta forma o número pode ser digitado para iniciar o sistema operacional. Isto é muito útil para construir um menu usando a opção message. Para detalhes veja Opções usadas no LILO, Section 6.1.2.
A seção Geral vem do inicio do arquivo até a palavra delay=20. A partir do primeiro aparecimento da palavra image, other ou range, tudo o que vier abaixo será interpretado como imagens de inicialização.
Por padrão, a imagem carregada é a especificada por default= ou a
primeira que aparece no arquivo (caso default= não seja
especificado). Para carregar o outro sistema (o DOS
), digite o
nome da imagem de disco no aviso de boot: (especificada em
label=) que será carregada. Você também pode passar parâmetros
manualmente ao kernel digitando o nome da imagem de disco e uma opção do kernel
ou através do arquivo /etc/lilo.conf
(veja Opções usadas no LILO, Section
6.1.2).
O LILO
pode inicializar o seguintes tipos de imagens:
GNU/Linux
pelo disco rígido e especificado pelo parâmetro
image=.
É necessário especificar o parâmetro image= e range=, por exemplo:
image=/dev/fd0 range=1+512
Todas as opções do kernel podem ser usadas na inicialização por dispositivo.
DOS
,
OS/2
, etc). O setor de partida é armazenado junto com a tabela de
partição no arquivo /boot/map
. É necessário especificar o
parâmetro OTHER=dispositivo ou OTHER=arquivo e a
inicialização através de um setor de partida possui algumas opções especiais
como o TABLE= (para especificar a tabela de partição) e o
MAP-DRIVE= (identificação da unidade de discos pelo sistema
operacional). Veja o exemplo desta configuração abaixo:
other=/dev/hda2 table=/dev/hda label=DOS map-drive=0x80 to = 0x81 map-drive=0x81 to = 0x80
Observações:
GNU/Linux
para salvar o setor de boot em um disquete e dd
if=/floppy/mbr of=/dev/hda bs=446 count=1 para restaura-lo. No
DOS
você pode usar o comando fdisk /mbr
para criar um
novo Master Boot Record.
/etc/lilo.conf
, o comando
lilo deverá ser novamente executado para atualizar o setor de
partida do disco rígido. Isto também é válido caso o kernel seja atualizado ou
a partição que contém a imagem do kernel desfragmentada.
Lilo
não existe mais a partir da
versão 21.4.3 (recomendada, por conter muitas correções) e superiores.
DOS
e Windows
pode substituir o setor de partida do HD e assim o gerenciador de partida,
tornando impossível a inicialização do GNU/Linux
. Antes de
reinstalar o DOS
ou Windows
, verifique se possui um
disquete de partida do GNU/Linux
.
Para gerar um novo boot loader, coloque o disquete na unidade e após o aviso
boot: ser mostrado, digite linux root=/dev/hda1 (no
lugar de /dev/hda1
você coloca a partição raiz do
GNU/Linux
), o sistema iniciará. Dentro do GNU/Linux
,
digite o comando lilo
para gerar um novo setor de partida.
Agora reinicie o computador, tudo voltará ao normal.
Esta seção traz opções úteis usadas no arquivo lilo.conf
com
explicações sobre o que cada uma faz. As opções estão divididas em duas
partes: As usadas na seção Global e as da seção Imagens do
arquivo lilo.conf
.
Global
LILO
(normalmente é usada a partição ativa
ou o Master Boot Record - MBR). Caso não seja especificado, o dispositivo
montado como a partição raiz será usado.
lilo.conf
.
setor-boot
como novo setor de boot do disco. Se install for omitido,
/boot/boot.b
é usado por padrão.
LILO
quebre o limite de 1024
cilindros do disco rígido, inicializando o GNU/Linux
em um
cilindro acima deste através do acesso . Note que isto requer compatibilidade
com o BIOS, mais especificamente que tenha suporte a chamadas int 0x13 e
AH=0x42. É recomendado o seu uso.
.map
). Se não for especificado, /boot/map
é usado.
LILO
. Os números podem ser especificados de 1 a 5, quanto maior o
número, maior a quantidade de detalhes mostrados.
Adicionalmente as opções de imagem do kernel append, ramdisk, read-only, read-write, root e vga podem ser especificadas na seção global. Opções por Imagem
As opções por imagem iniciam com uma das seguintes opções: image=, other= ou range=. Opções usadas por cada imagem:
Lilo
é novamente
carregado.
Também podem ser usados parâmetros de inicialização do kernel no arquivo
/etc/lilo.conf
, veja a seção Parâmetros de inicialização passados ao
kernel, Section 6.3 para maiores detalhes.
Abaixo um exemplo do arquivo /etc/lilo.conf
que poderá ser usado
em instalações GNU/Linux
com o DOS
.
boot=/dev/hda1 #Instala o LILO em /dev/hda1 compact install=/boot/boot.b map=/boot/map message=/etc/lilo.message #mensagem que será mostrada na tela default=1 #Carrega a Imagem especificada por label=1 como padrão vga=normal #usa o modo de video 80x25 ao iniciar o Linux delay=20 #aguarda 2 segundos antes de iniciar a imagem padrão lba32 #permite quebrar o limite de 1024 cilindros na inicialização prompt #mostra o aviso de "boot:" logo que o LILO é carregado image=/vmlinuz #especifica o arquivo que contém a primeira imagem root=/dev/hda1 #partição onde a imagem acima esta localizada label=1 #identificação da imagem de disco read-only #monta inicialmente como somente leitura password=12345 #Usa a senha 12345 restricted #somente quando iniciar com o parâmetro single other=/dev/hda2 #especifica outro sistema que será carregado table=/dev/hda #a tabela de partição dele está em /dev/hda label=2 #identificação desta imagem de disco password=12345 #pede a senha antes de iniciar este sistema
Você pode usar o exemplo acima como base para construir sua própria
configuração personalizada do /etc/lilo.conf
mas não se esqueça de
modificar as tabelas de partições para seu sistema. Se você usa o
Windows NT 4.0
, Windows NT 5.0 (Windows 2000)
ou o
OS/2
, recomendo ler o DOS+Windows+OS/2-HOWTO.
Após criar seu arquivo /etc/lilo.conf
, execute o comando
lilo e se tudo ocorrer bem, o LILO
será instalado.
(Os detalhes contidos na seção sobre o GRUB
, foram integralmente
desenvolvidos por Alexandre Costa alebyte@bol.com.br
como
contribuição ao guia FOCA GNU/Linux.)
O GRUB
(Grand Unified Boot Loader) é mais uma alternativa
como gerenciador de boot e apresenta alguns recursos extras com relação as
outras opções disponíveis. Ele é flexível, funcional e poderoso, podendo
inicializar sistemas operacionais como o Windows
(9x, ME, NT, 2000
e XP), Dos
, Linux
, GNU Hurd
,
*BSD
, OS/2
e etc. Podemos destacar também o suporte
aos sistemas de arquivos ext2 (Linux), ext3 e reiserfs (novos sistemas de
arquivos journaling do Linux), FAT16 e FAT32 (Win 9x/ME), FFS (Fast File System
usado no *BSD), minix (MINIX OS) e etc.
Por utilizar o padrão Multiboot ele é capaz de carregar diversas imagens de boot e módulos. Por esse motivo ele é o único gerenciador de inicialização capaz de carregar o conjunto de servidores do GNU Hurd. O GRUB também permite buscar imagens do kernel pela rede, por cabo seriais, suporta discos rígidos IDE e SCSI, detecta toda a memória RAM disponível no sistema, tem interface voltada para linha de comandos ou menus de escolha, além de suportar sistemas sem discos e terminais remotos.
Como possui inúmeros recursos, será apresentada sua utilização básica, ficando como sugestão ao leitor procurar se aprofundar mais em suas possibilidades de uso e configuração.
O GRUB trabalha com uma notação diferente para apontar discos e partições sendo necessário algumas explicações antes de prosseguir. Veja a tabela comparativa:
No Linux No GRUB /dev/hda (hd0) /dev/hda1 (hd0,0) /dev/hda2 (hd0,1) /dev/hdb (hd1) /dev/hdb1 (hd1,0) /dev/hdb2 (hd1,1) /dev/sda (hd0) # Disco SCSI ID 0 /dev/sda1 (hd0,0) # Disco SCSI ID 0, partição 1 /dev/sda2 (hd0,1) # Disco SCSI ID 0, partição 2 /dev/sdb (hd1) # Disco SCSI ID 1 /dev/sdb1 (hd1,0) # Disco SCSI ID 1, partição 1 /dev/sdb2 (hd1,1) # Disco SCSI ID 1, partição 2 /dev/fd0 (fd0)
OBS: Os discos IDE e SCSI são referenciados
ambos como (hd?) pelo GRUB
. Não há distinção entre
os discos e de modo geral a identificação de unidades IDE é menor do que
qualquer tipo de drive SCSI, salvo se você alterar a seqüência de inicialização
(boot) na BIOS.
Para saber como o Linux trabalha com partições veja Identificação de discos e partições em sistemas Linux, Section 5.8.
A instalação do GRUB
ao contrário da instalação do
LILO
(LILO, Section 6.1), só
precisa ser executada uma única vez. Caso seja necessária alguma mudança como
por exemplo adicionar uma nova imagem, esta pode ser feita apenas editando o
arquivo de configuração menu.lst
.
Um método simples de adicionar o GRUB
para gerenciar seu MBR
(Master Boot Record) é rodando o seguinte comando (como superusuário):
# /sbin/grub-install /dev/hda
Este comando grava o GRUB
no MBR do primeiro disco e cria o
diretório /boot/grub
onde estarão os arquivos necessários para o
seu funcionamento. Neste ponto o GRUB
já está instalado e quando
você reiniciar seu computador irá se deparar com uma linha de comandos, onde
terá que carregar a imagem do kernel manualmente. Mais adiante será explorada
a utilização desta linha de comando que é muito eficiente.
Provavelmente você achará mais interessante copiar o arquivo de configuração de
exemplos do GRUB
e otimizá-lo às suas necessidades. Note que isto
não exclui a possibilidade de utilizar a linha de comando, apenas cria uma
interface de menus onde você pode configurar várias opções de boot de uma forma
organizada, automatizada e funcional. Copie este arquivo para o diretório
/boot/grub
com o seguinte comando:
# cp /usr/share/doc/grub/examples/menu.lst /boot/grub
Por ser um arquivo de exemplos será necessário otimizá-lo de acordo com suas necessidades, o que será abordado mais a frente.
Quando criamos um disquete de partida, este funcionará em um sistema qualquer,
podendo utilizar este disquete em várias máquinas diferentes ou em uma máquina
em que tenha tido algum problema com o GRUB
no MBR. Coloque um
disquete virgem e digite os seguintes comandos:
# dd if=/usr/lib/grub/i386-pc/stage1 of=/dev/fd0 count=1 # dd if=/usr/lib/grub/i386-pc/stage2 of=/dev/fd0 seek=1
Estes comandos permitem que seja apresentada a linha de comando do grub quando este disco for utilizado para boot.
Quando foi criado o disquete de partida anteriormente, este só nos permitia
utilizar a linha de comando sendo necessário carregar o menu.lst
pelo disco rígido (o qual deve estar presente). Em alguns casos este disco
satisfaz as necessidades básicas mas pode haver um momento em que você deseje
ter um disquete que funcione com vários sistema e não dependa de um disco fixo.
Digite os seguintes comandos:
# mke2fs /dev/fd0 # mount /dev/fd0 /floppy -t ext2 # mkdir /floppy/grub # cp /usr/lib/grub/i386-pc/stage[12] /floppy/grub # cp /usr/share/doc/grub/examples/menu.lst /floppy/grub # umount /floppy # /sbin/grub
Este último comando disponibiliza a linha de comando do GRUB. Digite os seguintes comandos:
grub> install (fd0)/grub/stage1 d (fd0) (fd0)/grub/stage2 p (fd0)/grub/menu.lst grub> quit
Neste momento o disquete está pronto. Note que o menu.lst
que foi
copiado para ele é um arquivo de exemplo, sendo necessário que você o configure
de acordo com suas necessidades.
Esta seção descreve o arquivo menu.lst
com explicações sobre as
opções mais usadas. Este arquivo é dividido em parâmetros Globais, que afetam
o arquivo todo e parâmetros que só tem efeito para as imagens do sistema que
será carregado. Algumas opções podem ser passadas para o kernel do Linux no
momento do boot, algumas delas também serão detalhadas.
Ex.: password = senha (hd0,0)/boot/grub/secret.conf
Você pode ter várias entradas do parâmetro "password" em um mesmo arquivo sendo que uma delas é usada para bloquear o acesso as imagens/linha de comandos e as outras usadas para carregar arquivos de opções do GRUB. Quando você digitar p para entrar com a senha, você pode digitar a senha que protege as imagens/linha de comandos ou a que é utilizada para carregar os arquivos de opções.
Dos
e Windows
.
Ex.: kernel (hd0,0)/boot/vmlinuz-2.4.16 vga=6
GNU Hurd
.
title Windows hide (hd0,1) unhide (hd0,0) rootnoverify (hd0,0) chainloader +1 makeactive title Dos hide (hd0,0) unhide (hd0,1) rootnoverify (hd0,1) chainloader +1 makeactive
GRUB
tem um comando que permite enganar tal sistema
mapeando as unidades de disco do modo como lhe for mais conveniente.
Imagine que você tenha o primeiro disco (hd0) com o GNU/Linux instalado e em um outro disco (hd1) com o Windows/Dos instalado. O Windows/Dos não permitem serem inicializados desta forma e como solução você poderia usar a seguinte entrada no arquivo de configurações do GRUB:
title Windows unhide (hd1,0) rootnoverify (hd1,0) chainloader +1 map (hd1) (hd0) makeactive
Isso faz com que o disco (hd1), onde esta o Windows/Dos, seja apresentado a este sistema como (hd0) "enganado" o mesmo e possibilitando o boot.
# Exemplo de entrada no 'menu.lst'. title Linux 2.4.16 root (hd0,0) kernel (hd0,0)/boot/vmlinuz-2.4.16 vga=6 mem=512M ramdisk=0
Neste exemplo, a linha com o comando "kernel" é usada para indicar qual imagem deve ser carregada. As opções que seguem (vga, mem e ramdisk) são parâmetros que devem ser passados diretamente ao kernel do sistema a ser carregado.
# Exemplo de arquivo de configuração do GRUB. # Note que você pode usar o caracter '#' para fazer comentários. # Se após 30 segundos nenhuma tecla for pressionada, carrega a imagem padrão. timeout 30 # Define a primeira imagem como padrão. default 0 # Caso a imagem padrão não funcione carrega a imagem definida aqui. fallback 1 # Define as cores que serão usadas no menu. color light-cyan/black white/blue # Permite utilizar uma senha. password minha-senha-secreta password minha-senha (hd0,0)/boot/grub/secret.conf # Para boot com o GNU/Hurd title GNU/Hurd root (hd0,0) kernel /boot/gnumach.gz root=hd0s1 module /boot/serverboot.gz # Para boot com o GNU/Linux title Linux 2.4.16 # Pede a senha configurada em "password" antes de carregar esta imagem. lock root (hd0,0) # Atente as opções passadas diretamente para o kernel (vga, mem, etc.). kernel (hd0,0)/boot/vmlinuz-2.4.16 vga=6 mem=512M ramdisk=0 # Para boot com o Mach (obtendo o kernel de um disquete) title Utah Mach4 multiboot root (hd0,2) pause Insira o disquete agora!!! kernel (fd0)/boot/kernel root=hd0s3 module (fd0)/boot/bootstrap # Para boot com FreeBSD title FreeBSD 3.4 root (hd0,2,a) kernel /boot/loader # Para boot com OS/2 title OS/2 root (hd0,1) makeactive chainloader +1 chainloader /boot/chain.os2 # Para boot com Windows 9x, ME, NT, 2000, XP. title Windows 9x, ME, NT, 2000, XP unhide (hd0,0) rootnoverify (hd0,0) chainloader +1 makeactive # Para instalar o GRUB no disco rígido. title = Instala o GRUB no disco rígido root = (hd0,0) setup = (hd0) # Muda as cores. title Mudar as cores color light-green/brown blink-red/blue
O GRUB
possui inúmeros recursos, mas com certeza um dos mais
importantes e que merece destaque é sua linha de comandos. A maioria dos
comandos usados no arquivo de configuração menu.lst
são válidos
aqui e muitos outros estão disponíveis. Uma breve apresentação da linha de
comandos será dada, ficando por conta do leitor se aprofundar o quanto achar
necessário em sua flexibilidade.
Quando o GRUB
é inicializado você pode se deparar com sua linha de
comandos ou se possuir o arquivo menu.lst
configurado, um menu de
escolha. Mesmo usando os menus de escolha você pode utilizar a linha de
comandos, bastando para isso seguir as instruções no rodapé da tela onde o
GRUB
nos informa que podemos digitar e para editar as
entradas de boot ou c para ter acesso a linha de comandos
(lembre-se que pressionar <ESC> faz com que você volte aos
menus de escolha).
Caso a opção password tenha sido especificada no arquivo
menu.lst
, será necessário antes de acessar as outras opções (que
estarão desabilitadas) pressionar p e entrar com a senha correta.
Agora, com acesso a linha de comandos, você pode verificar os comandos disponíveis pressionando duas vezes a tecla <TAB>. Note que você também pode utilizar esta tecla para completar nomes de comandos bem como parâmetros de alguns comandos.
Alguns comandos disponíveis:
menu.lst
e faz com
que uma senha seja solicitada antes de liberar o acesso a linha de comandos.
Não esqueça que ainda é possível utilizar um disquete com o GRUB
para dar boot na máquina o que permite usar a linha de comandos pelo disquete.
Ex.: grub> cat (hd0,0)/etc/passwd
Ex.: grub> cmp (hd0,0)/arquivo1 (hd0,0)/arquivo2
Ex.: grub> configfile (hd0,0)/boot/grub/menu.lst
Ex.: grub> find stage1
Ex.: help color
Ex.: install (fd0)/grub/stage1 d (fd0) (fd0)/grub/stage2 p (fd0)/grub/menu.lst
Ex.: grub> root = (hd0,0) grub> setup = (hd0)
grub> root (hd0,0) grub> kernel (hd0,0)/boot/vmlinuz-2.4.16 vga=6 grub> boot
Muitos outros comandos estão disponíveis tanto na linha de comandos do
GRUB
quanto no arquivo de configuração menu.lst
.
Estes comandos adicionais podem ser necessários apenas para algumas pessoas e
por isso não serão explicados.
Não existe a necessidade de se remover o GRUB
do MBR pois não há
utilização para o mesmo vazio. Para substituir o GRUB
do MBR é
necessário apenas que outro gerenciador de boot escreva algo nele. Você pode
seguir o procedimento de instalação do LILO
para escrever algo no
MBR ou usar o comando fdisk /mbr do DOS.
Para obter informações mais detalhadas sobre o GRUB
é recomendado
o site oficial do mesmo, o qual está disponível apenas na língua inglesa. Os
seguintes sites foram utilizados na pesquisa:
http://www.gnu.org/software/grub/
http://debian-br.cipsga.org.br
),
na parte de suporte, documentação, "Como usar o GRUB: Um guia rápido para
usar o GRUB, feito por Vitor Silva Souza e Gustavo Noronha Silva".
Abaixo algumas das opções mais usadas para passar parâmetros de inicialização de hardware/características ao kernel.
Exemplo: append="mem=32m"
Uma lista mais detalhada de parâmetros de inicialização pode ser obtida no documento Boot-prompt-howto (veja Documentos HOWTO's, Section 30.8).
É um gerenciador de partida que permite iniciar o GNU/Linux
a
partir do DOS
. A vantagem do uso do Loadlin
é não
ser preciso reiniciar o computador para se entrar no GNU/Linux
.
Ele funciona carregando o kernel
(copiado para a partição
DOS
) para a memória e inicializando o GNU/Linux
.
Outro motivo pelo qual é muito usado é quando o GNU/Linux
não tem
suporte a um certo tipo de dispositivo, mas este tem seu suporte no
DOS
ou Windows
e funciona corretamente com eles.
O truque é o seguinte: Você inicia normalmente pelo DOS
e após seu
dispositivo ser configurado corretamente pelo driver do DOS
e
funcionando corretamente, você executa o Loadlin
e o
GNU/Linux
assim poderá usa-lo. Muitos usam o comando
Loadlin
dentro do arquivo autoexec.bat
para iniciar o
GNU/Linux
automaticamente após o dispositivo ser configurado pelo
DOS
.
ATENÇÃO!!! Não execute o Loadlin
dentro do Windows.
Abaixo a lista de opções que podem ser usadas com o programa
LOADLIN
(note que todas são usadas no DOS
):
loadlin [imagem_kernel] [argumentos] [opções]
GNU/Linux
(/dev/hda1
, /dev/hdb1
,
etc).
GNU/Linux
.
GNU/Linux
.
Abaixo você encontra um exemplo do comando loadlin que poderá ser
usado em sua instalação GNU/Linux
(precisando apenas ajustar a
localização da partição raiz do GNU/Linux
de acordo com seu
sistema).
C:\> LOADLIN vmlinuz root=/dev/hda1 ro | | | | | +- Montar como somente leitura | | | +- Partição raiz | +- Nome do kernel copiado para o DOS
Outro gerenciador de partida que funciona somente com sistemas de arquivos
DOS
. A principal diferença do syslinux
em relação ao
LOADLIN
é que foi feito especialmente para funcionar em disquetes
formatados no DOS
, facilitando a instalação do
GNU/Linux
e para a criação de disquetes de recuperação ou de
inicialização. Um disquete gerado pelo syslinux
é lido sem
problemas pelo DOS
/Windows
.
syslinux [-s] [dispositivo]
A opção -s instala no disquete uma versão segura, lenta e estúpida
do syslinux
. Isto é necessário para algumas BIOS
problemáticas.
Siga os passos abaixo para criar um disquete de inicialização com o
syslinux
:
DOS
ou com alguma ferramenta
GNU/Linux
que faça a formatação de disquetes para serem usados no
DOS
.
kernel
para o disquete
LDLINUX.SYS
no diretório raiz do disquete.
Lembre-se: O disquete deve estar desmontado antes de usar o comando
syslinux
, caso o disquete estiver montado uma mensagem será
mostrada e o syslinux
abortado.
Por padrão é carregado o kernel de nome GNU/Linux
. Este padrão
pode ser modificado através do arquivo de configuração
SYSLINUX.CFG
que também é gravado no diretório raiz do disquete.
Veja O arquivo SYSLINUX.CFG,
Section 6.5.2 para detalhes.
Se as teclas Caps Lock ou Scrool Lock estiverem ligadas ou Shift, Alt forem
pressionadas durante o carregamento do syslinux
, o
syslinux
mostrará um aviso de boot: no estilo do
LILO
. O usuário pode então digitar o nome do kernel seguido de
qualquer parâmetro para inicializar o GNU/Linux
.
Este arquivo é criado no diretório raiz da unidade de disquete e contém as
opções que serão usadas para modificar o funcionamento do
syslinux
. Abaixo a listagem de opções que podem ser especificadas
neste arquivo:
syslinux
seja iniciado automaticamente. Caso não for
especificado, o assumido para o kernel será GNU/Linux
sem nenhuma
opção de inicialização.
syslinux
.
LILO
). Se a imagem especificada por
nome for selecionada, o kernel usado será o especificado pelo
parâmetro kernel e as opções usadas por append.
Caso seja passado um hífen - ao parâmetro append, os parâmetros passados pelo append global serão anulados.
syslinux
aguardará antes de inicializar
automaticamente (medido em 1/10 de segundos). Caso alguma tecla seja
pressionada, a inicialização automática é interrompida. Para desativar esta
característica, use 0 como timeout. O valor máximo é de 35996.
.psf
) que será usada para mostrar
as mensagens do syslinux
(após o aviso de copyright do programa).
Ele carrega a fonte para a placa de vídeo, se a fonte conter uma tabela
unicode, ela será ignorada. Somente funciona em placas EGA e VGA.
BIOS
, o que significa que
somente teclas usadas no teclado padrão EUA serão usadas.
O utilitário keytab-lilo.pl
da distribuição do lilo
pode ser usado para criar tais mapas de teclado.
syslinux
for iniciado. Caso seja igual a 0, mostra o
aviso de boot: somente se as teclas Shift ou Alt forem
pressionadas ou Caps Lock e Scrool Lock estiverem ativadas.
syslinux
.
Os arquivos de texto que são mostrados na tela pelo syslinux
podem
ter suas cores modificadas usando parâmetros simples, isto causa um bom efeito
de apresentação. Abaixo estão os códigos que podem ser usados para criar um
arquivo texto que será exibido pelo syslinux
:
CTRL+L - Limpa a tela (semelhante ao que o clear faz). CTRL+O[frente][fundo] - Define a cor de frente e fundo, se somente uma cor for especificada, esta será assumida como frente. Veja os valores para [frente] e [fundo] abaixo: 00 - preto 08 - cinza escuro 01 - azul escuro 09 - azul claro 02 - verde escuro 0a - verde claro 03 - ciano escuro 0b - ciano claro 04 - vermelho escuro 0c - vermelho claro 05 - purple escuro 0d - purple claro 06 - marrom 0e - amarelo 07 - cinza claro 0f - branco CTRL+Z - Equivalente ao fim de arquivo no DOS
O código padrão usado é o 07. Escolhendo uma cor clara para o fundo (08-0f) resultará em uma cor piscante correspondente para a texto (00-07).
Guia Foca GNU/Linux
Versão 5.20 - Sunday, 03 de November de 2002gleydson@cipsga.org.br